A rede France Alumni Brasil conta com cerca de 13 000 estudantes brasileiros tendo estudado na França. 13 000 alumni significa 13 000 histórias de estadia diferentes que permitem por vezes cambiar não só uma parte do seu ano, mas bem a sua vida!

Nesse sentido, queríamos compartir com vocês a história inspiradora da Tais Baptista. Tais é empreendedora, criou de volta ao Brasil a sua marca Preta Porter! Descubra o seu percurso!

Oi, Tais, antes de falar sobre a parte empreendedorista do seu percurso, por que você escolheu aprender o francês e ir para a França?

Durante o ensino médio, modalidade magistério, tive uma disciplina de língua francesa e me apaixonei. Logo, quando prestei vestibular para UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) escolhi a habilitação português/francês. Depois de alguns anos na Faculdade, uma grande amiga chamada Luiza Schiavo, que já estava na França, me falou sobre a possibilidade de fazer esse aperfeiçoamento “Stage Pédagogique pour Professeurs de Français” e a escola por intermédio dela me ofertou essa oportunidade. O curso possibilitou um intercâmbio cultural com diversas nacionalidades, já que unia profissionais de língua francesa do mundo inteiro. A parte que menos gostava era a distância da minha família, o que pesou muito para o meu retorno.

Depois do seu curso de aperfeiçoamento para profissionais de língua francesa na École Azur Língua – Nice para esse “Stage pédagogique pour professeurs de Français”, você voltou para o Brasil e decidiu criar a sua marca de cosméticos. Como nasceu essa ideia? Foi algo em que já tinha pensado?

Não. Antes de ir para a França fazia secretaria de executivo trilíngue. Sempre fui apaixonada por idiomas, mas a minha viagem e estadia na França abriu os meus horizontes de uma forma muito intensa.

Tive contato com mercado europeu de cosméticos nessa viagem, e me encantei. Assim que voltei para o Brasil e para o meu bairro de nascimento Santa Cruz, subúrbio do Rio de Janeiro, percebi que o mercado brasileiro não ofertava a mesma excelência para mulheres pretas como o mercado francês. Por conta dessa dor criei a Preta Porter. O nome da empresa é uma alusão termo Prêt-à-Porter. Criei um jogo de palavras, por ser uma mulher preta e falante de língua francesa.

Como Empreendedora tive muitos obstáculos, mas sempre digo que “quem sabe ler faz qualquer coisa”. Então, todos os obstáculos que encontrei pelo caminho tentei, ao longo do percurso, ir me aperfeiçoando, aprendendo e me desenvolvendo. Para esse ano, quero consolidar a empresa no Mercado Brasileiro. Levar os produtos para mais pontos físicos.

Qual foi o valor agregado da sua estadia na França para pensar nesse projeto de empreendedorismo? Foi uma força de falar francês?

O valor agregado a minha estadia na França foi a minha virada de chave. Minha vida mudou completamente depois do meu retorno para o Brasil. Uma guinada de 360 graus. Eu voltei da França com uma outra cabeça. Estava numa aérea de trabalho e voltando comecei a trabalhar na Aliança Francesa de Botafogo. Foi uma experiencia maravilhosa em que organizava tournées de artistas franceses no Brasil e em que pude praticar o francês. Ao falar e trabalhando com francês, pude aproximar-me ainda mais da cultura e criar a minha marca de cosméticos inspirada em o que tinha visto na França e começar assim a vida de empreendedora na qual não tinha pensado antes.

Tais Baptista

Fotografia pessoal, Tais Baptista.